quarta-feira, 25 de maio de 2011

Calúnia do Rúbio Negrão

Sejemos cinseros: pra vencer o Brasileirão, é preciso ter elenco. Ponto e vírgula, porque em se tratando de futebol, e ainda por cima praticado no Brasil, não há fórmulas prontas e muito menos infalíveis.

Mas, mesmo assim, temos esse elenco pra vencer? Quase. O que temos, sim, é um time, que, após quatro meses de tentativas, erros e acertos, ainda não está pronto. Faltam ainda umas duas ou três peças, mais uns três ou quatro ajustes. Mas, mesmo assim, um time é pouco pra faturar o hepta.

A boa nova é que os nossos rivais diretos pelo título também se encontram no mesmo estágio. Tudo porque, no Brasil dos clubes “semdinheirados”, os elencos vão sendo formados durante as competições.

Então, se eu não fosse um vagabundo inútil, mas sim um útil, como, por exemplo, um treinador de futebol, qual seria a minha estratégia? Tentar somar o máximo de pontos no primeiro turno do certame, uma vez que as malas brancas e pretas começam pra valer mesmo é no segundo. Aí, com os possíveis reforços de um Love, um Juan ou outro medalhão qualquer, estaria bem na fita pro sprint heróico.

É claro que o jogo contra o Avaí me deixou otimista. Confesso que antes da partida eu estava preocupado e meditabundo, chegando a apresentar muitos espasmos no olhinho, conhecidos pelo populacho como “piscadinhas”. Mas não por medo do Avaí como instituição, e sim por receio do Avaí como asa negra, que vinha nos azarando há poucos, porém perturbadores confrontos.

Mas eis que o time correspondeu plenamente, repetindo os dois brilhantes fracassos dos jogos contra o Cera pela Copa do Brasil, e demonstrando que os jogadores já estão encontrando os seus devidos lugares tanto em campo como no banco de reservas.

Não me lembro de termos começado um Brasileiro tão bem quanto este de 2011. Se o mundo tivesse realmente acabado no sábado passado, agora estaríamos todos felizes e fagueiros com o nosso merecido hepta.

Ah, sim. Antes que me esqueça: segundo jogo invictus, e contando.


Duplex Toc Zen

1 - Comerdaristas PCV e PVC: Além das rubricas anagramáticas, profetas do óbvio ululante.

2 - Grande mírdia escrotiva: Venho percebendo há algum tempo que os comerdaristas do mainstream estão meio tendenciosos. O que antes era “Jornalismo Futebol Clube”, passou a ser “Sport Club Jornalismo”, “Clube de Regatas do Jornalismo”, “Associação Esportiva Jornalismo”, e por aí vai.

3 - Pergunta 1: Que tipo de gente paga o abusivo pay-per-view do Brasileirão pra ficar assistindo à TV com o som do radinho de pilha só pra poder vibrar primeiro nas horas dos gols? (Não valer responder “o meu vizinho”.)

4 - Pergunta 2: No sábado, o Avaí deixou de marcar aquele gol feito porque o Felipe fechou bem o ângulo, ou porque o Rafael Coelho é ruim pakarai?

5 - Pergunta 3: Contra o Avaí, foi o Flamengo que jogou bem, ou foi o juiz que não atrapalhou?

6 - A fila anda: Após as confusões do “Império do Amor”, as orgias do “Império dos Sentidos”.

7 - Atenção, oftalmos!: Alguém poderia fazer o favor de avisar ao Roby Porto que já inventaram lentes de óculos antirreflexo?


8 - O tal DNA rubro-negro: Ultimamente, nas minhas perambulações pelo Twitter (tempo livre não me falta), acabei percebendo que os profiles dos twiteiros flamenguistas têm um padrão mais ou menos assim: “Sou rubro-negro, engenheiro, evangélico, casado, três filhos, moro no Rio e adoro comida chinesa. Ah, e torço pro Flamengo.”

9 - O fim do mundo: Como estava marcado para o sábado passado, o twiteiro @danielfsilva bem lembrou que “se o mundo tivesse acabado hoje... o Flamengo seria campeão brasileiro.” Verdade muito verdadeira. Só que, infelizmente, a gente não teria a quem zoar.

@ - E por falar em Twitter, seguem as minhas twitter cassetadas da semana:

Ronaldo, Adriano ou Emerson? Qual dos três jogará mais partidas pelo Corinthians em 2011?

Existe 0x0 mais chato do que uma disputa de pênaltis entre Neymar e Kleber Gladiador?

Cera Sporting Club: além dos 15 minutos de fama, o Ceará ainda oferece um bônus de 15 minuto de cera. Por partida.

Em todo lugar há papagaios de pirata, mas só no Flamengo o maior deles é o próprio Capitão.

O Efeito Twisttines: eu fico o dia todo no Twitter por que ele vicia, ou porque eu não tenho nada melhor pra fazer?

No Corinthians, Emerson vai reeditar a dupla que fez com Adriano no #Flamengo. Pelo histórico físico dos dois, será o “Império da Dor”.

“Paul McCartney chega ao Engenhão para testar o som.” O SOM, porque a iluminação ele já entregou pra zeus.

Confirmado: o fim do mundo foi adiado para 2012! E tudo indica que será em planeta neutro. A coisa tá tão feia aqui que perdemos o mando.

O mundo pode não ter acabado, mas garanto que já tá nos descontos.

Esse Paul McCartney é aquele cara que fez a versão em inglês do "Lá vem o sol" do Lulu Santos?

Novelas com beijo gay, cenas de sexo, nus gratuitos, apelações mil... Como se vê por aí, a TV continua tendo como ponto forte a dramatOrgia.

O Emerson Sheik levou bola nas costas? E daí? Ele não joga de zagueiro nem de lateral...

Junior Cesar: ou o Flamengo conseguiu um titular para a lateral esquerda, ou arrumou mais um reserva.

A queda do Rafael Galhardo no jogo contra o Avaí mostra que a bola pune, mas o gramado, mais tolerante, apenas sacaneia.

Exemplo de “Meritocracia”: quando o patrão promove a secretária que ele está traçando, e ela se chama Mary.

Se o Junior Cesar não ganhar a posição, pelo menos será uma bela sombra pro Egídio.

Muito preocupado com as obras para a Copa de 2014. Já falhou o ponto principal de todo o cronograma, que era o fim do mundo sábado passado.

O Milton Neves é tão burlesco, mas tão burlesco quando eu ouço a voz dele no rádio nunca sei se é ele mesmo falando, ou alguém o imitando.

Atualização do julgamento no STJD: Ricci condenado por mais de 35 milhões de votos.

Pimenta Neves: Como no dos outros não é refresco, acho que desta vez a Justiça também não vai refrescar pra ele.

Pra seguir o Rubens Barrichello no Twitter tem que ser muito lento MESMO!

E nada mais fiz.

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